quinta-feira, 12 de julho de 2012

Benefícios do Leite Materno

Principais benefícios do leite humano aos bebês, principalmente no primeiro ano de vida:



- Há no leite quantidade suficiente de água;- Contém proteína e gordura mais adequadas para a criança;
- Vitaminas em quantidades suficientes, não havendo a necessidade de suplementos vitamínicos;
- Embora não possua grande quantidade de ferro, este é bem absorvido no intestino da criança;
- Quantidades adequadas de sais, cálcio e fósforo;
- É de fácil digestão, sendo mais facilmente absorvido pelo bebê (o qual mama com maior frequência do que aquele que toma mamadeira);
- De uma forma geral, as crianças que mamam no peito são mais inteligentes;
- Promove o crescimento no intestino da criança de microrganismos (lactobacillus) que fermentam o açúcar do leite (lactose) tornando as fezes mais frequentes e menos consistentes, principalmente nas duas primeiras semanas de vida;
- Tais microrganismos gerados impedem que outras bactérias se instalem e causem diarreia;
- Contém endorfina, substância química que ajuda a suprimir a dor;
- Crianças que tomam mamadeira têm maior risco de obesidade na vida adulta;
- O leite materno protege o bebê de infecções (como pneumonias);
- Possui anticorpos, leucócitos e outros fatores antiinfecciosos, que protegem contra a maioria das bactérias e vírus.

Além de todos esses fatores há estatísticas, segundo o médico, que comprovam outros dados. "Crianças que recebem o leite humano têm risco 11 vezes menor de morrer por diarreia e quatro vezes menor de morrer por pneumonia do que os bebês alimentados com leite de vaca ou artificiais".

Outros benefícios são os desenvolvimentos de mandíbula, dentição e músculos da face, o que contribui também para desenvolver a fala. Fatores psicológicos e emocionais envolvidos na amamentação. "A amamentação também proporciona calor, contato e proximidade entre mãe e filho, e que podem influenciar ainda o desenvolvimento físico e emocional da criança" e acrescenta que o leite materno nos primeiros dias de vida é essencial: "Nos primeiros dias o leite materno é chamado de colostro e contém mais proteínas e menos gorduras que o leite maduro, que aparece por volta do sétimo dia. O colostro é a primeira imunização do bebê contra muitas bactérias".

Lembramos, agora, novamente: há bebês internados nos hospitais que ficam sem o leite materno. Por estes motivos a doação de leite humano é importante.

Porém, o aleitamento para bebês deve ser feito somente por mães que não tenham doenças transmissíveis como hepatite, HIV positivo e outras doenças virais. Assim sendo, o Ministério da Saúde não recomenda o aleitamento cruzado, ou seja, a amamentação de bebês por outras mulheres que não seja a mãe. Desta forma, o Banco de Leite Humano processa todo leite humano doado.

O leite doado é processado para seleção, classificação e pasteurização, sendo então distribuído com qualidade certificada aos bebês internados, e quaisquer contaminações que possa haver no leite são eliminadas.

Aleitamento Artificial

Não há como reproduzir os benefícios do leite humano. Esse fato também é unanimidade entre os médicos. "Por mais que se tente, nenhuma empresa consegue imitar o leite materno. Eles conseguem fazer com que a composição de proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas, e tudo mais se assemelhe muito, mas os anticorpos do leite materno, ninguém consegue imitar. Por isto, ele é único no quesito proteção de alergias e imunidade para quadros infecciosos".

Além disso, há ainda riscos aos bebês alimentados por este tipo de alimento. "A diabetes e a hipertensão arterial são doenças associadas ao aleitamento artificial".

Na falta do leite materno ou do leite doado, através do Banco de Leite Humano, a mãe deve ter uma consulta personalizada com um pediatra para que ele recomende os alimentos que irão repor algumas dessas perdas. "O planejamento dessa alimentação deve ser feito individualmente, caso a caso. Não há substitutos do leite humano, há outros alimentos que podem ser oferecidos ao bebê na falta do aleitamento materno".

Desmame

O Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendam o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e, após essa idade, a introdução de alimentação e a continuação do aleitamento até dois anos ou mais. Assim, a criança pode receber todos os nutrientes e benefícios já citados. Porém, há bebês que querem ser amamentados pela mãe mesmo após os 2 anos de idade.

Os médicos recomendam que o desmame seja feito naturalmente, ou seja: se a criança não deseja amamentar, é preciso que a mãe deixe que isso ocorra naturalmente, mas auxiliando para ocorrer o desmame. "O desmame começa com a introdução de outros alimentos e progride com o desenvolvimento da criança, mas até os dois anos há muitos benefícios nutricionais em receber leite humano".

"Acredita-se que esta decisão tenha que ser da mãe e do bebê e que amamentação continue enquanto for boa e prazerosa para ambos, e apoio a decisão da mãe quando esta quer desmamar seu bebê após o período recomendado".

Sobre a campanha e incentivo ao aleitamento materno, todos os médicos são a favor, é claro. "Perdemos a cultura do aleitamento materno exclusivo e mais ainda, continuado. Por este motivo cabe a nos apoia-lo, promovê-lo e protegê-lo".

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