sexta-feira, 1 de junho de 2012

Depressão

Especialistas em transtornos emocionais afirmam que a depressão é uma doença e precisa ser tratada. E esse mal atinge milhões de pessoas no Brasil e no Mundo.

A depressão faz parte dos transtornos do humor, também conhecidos como doenças afetivas, diferente da tristeza ou melancolia que na maioria dos casos são causados por notícia, fato ocorrido ou até mesmo lembrança do passado, mas que ocorrem em curto período.

No Brasil, de 15 a 25% das pessoas apresentam ou apresentaram pelo menos um episódio depressivo ao longo da vida, mas são poucas as que reconhecem e buscam tratamento adequado, por vergonha, falta de informação e até mesmo medo.

 

 

 
A QUEM ATINGE?

Todos estão sujeitos a esse mal, mas as mulheres são as mais atingidas. Os sintomas em geral aparecem entre 25 a 30 anos. Porém, crianças e adolescentes, assim como os idosos, também podem sofrer com a depressão.

 
CAUSAS
Não existe uma causa específica, as crises ocorrem devido à soma de vários fatores e podem variar de pessoa para pessoa.

Pessoas com forte tendência hereditária para depressão podem ter uma crise após uma situação estressante (ficar desempregado, por exemplo. Várias pessoas podem ficar desempregadas, mas as que têm maior tendência para depressão acabam deprimidas).
Pais com depressão têm 75% de chance de ter um filho com a doença. Situações estressantes, em geral, estão associadas com o desencadeamento das crises depressivas, principalmente nas primeiras crises, mas existe uma tendência para que as crises sejam desencadeadas por situações cada vez menos estressantes, até ficarem automáticas, ou seja, surgirem sem nenhuma razão.

Fatores que também podem causar crises de depressão são noites sem dormir, doenças crônicas como diabetes ou câncer, neurológicas (Parkinson ou Alzheimer) ou dolorosas como artrite e até mesmo a chegada do inverno (tempo nublado, temperatura baixa).
Alguns medicamentos utilizados em outras áreas da Medicina podem ter efeitos depressivos.

As condições psicológicas construídas no período de crescimento da criança ou adolescente, pelo ambiente familiar e pela escola, podem contribuir para a definição de pessoas com auto-estima baixa. Estas crianças e adolescentes podem passar a não acreditar nas suas possibilidades, serem pessimistas, sentirem-se fragilizadas e incapazes, sem autonomia, tornando-se adultos propensos às doenças afetivas de um modo geral, inclusive a depressão.

 
SINTOMAS MAIS FREQUENTES
  • Tristeza e/ou irritabilidade persistente, durante a maior parte do dia, durante muitos dias, inquietação, retraimento social;
  • Desânimo, cansaço, indisposição;
  • Perda de parte da capacidade de sentir prazer nas atividades habituais, tanto no trabalho como no lazer, incluindo o desejo e prazer sexual;
  • Ansiedade, preocupação, insegurança, indecisão:
  • Sentimentos de desesperança, pessimismo;
  • Sentimentos de culpa, inutilidade, incapacidade, desamparo, solidão;
  • Alteração no sono, tanto insônia como excesso de sono, ou acordar cansado;
  • Alteração do apetite: excesso ou falta e consequente ganho ou perda de peso;
  • Ideias de morte ou suicídio;
  • Dificuldade de concentração, de lembrar o que ia falar ou fazer, esquecer onde deixou as coisas;
  • Sintomas físicos persistentes, difícil melhora nos tratamentos habituais, como dor de estômago, dores crônicas (cabeça, costas, articulações), alterações intestinais sem causa orgânica definida;
  • Choro, insatisfação, afastamento das atividades sociais, perda de energia, preocupação excessiva com os problemas.
 
CONSEQÜÊNCIAS E RISCOS
  • Prejuízos social, pessoal, psicológico e no trabalho;
  • Risco de doenças circulatórias e do coração;
  • A depressão distorce a visão da realidade, podendo levar a pessoa depressiva a cometer atos que habitualmente não cometeria.
 

PREVENÇÃO 
  • Manter a qualidade de vida;
  • Aprender a conviver com o estresse e os conflitos cotidianos;
  • Saber lidar com as adversidades (não sucumbi diante de dificuldades);
  • Evitar o isolamento (Sempre ter relações de parceria e cumplicidade “AMIGOS”, para compartilhar os sentimentos, isso ajudar a não sofrer sozinho).
  • Ocupar a mente com coisas boas do dia a dia, visitar e fazer novos amigos, ler, conhecer lugares novos, não levar tão a sério a vida e principalmente viver da melhor maneira cada momento, fazendo um pouco disso não haverá espaço para depressão. O segredo é VIVER!!!

 
TRATAMENTO
Como todo problema de saúde, deve começar pela avaliação médica e com exames associados é possível verificar a existência de outras doenças orgânicas que podem se confundir com depressão ou piorar o quadro depressivo. Uma avaliação mental e psicológica deve ser feita pelo médico psiquiatra e por especialistas que atuam na área do comportamento e da Psicologia. A depressão não tem cura, nem por medicação ou terapia, e podem ser necessárias intervenções que vão desde o uso de medicação antidepressiva até psicoterapias individuais, de grupo ou familiares. A pessoa deve procurar tratamento médico ou terapêutico, ou ambos, para aprender a lidar com a doença.

 
"A pessoa deprimida não deve se culpar por não conseguir sair de seu estado. A depressão toma conta da pessoa, que perde a capacidade de reagir à depressão, e isso não acontece porque querem, há muito sofrimento nesse estado.
A pessoa que sente deprimida deve procurar auxílio médico e compartilhar com outras pessoas seus sentimentos".

Nenhum comentário:

Postar um comentário