quarta-feira, 20 de junho de 2012

Gritar, ameaçar e humilhar é tão nocivo quanto bater


Li uma reportagem onde uma psicóloga fala um pouco sobre o comportamento dos pais com os filhos e achei interessante trazer para vocês um pouco do assunto.

Para os especialistas, xingar, humilhar ou gritar, além de colaborar para que as crianças cresçam com medo e a autoestima prejudicada, nos afastam delas.

Quando os pais gritam o tempo todo com a criança demonstram muito mais desequilíbrio do que autoridade. A criança também começa a gritar e ficar ansiosa, angustiada e com muito medo, pois, onde deveriam ter seu porto seguro, encontram pais desesperados por obediência.

E os rótulo que são impostos, como, "você é burro", "preguiçoso", 'bagunceiro", 'inútil', etc. 

Até os sete anos, a personalidade está em formação. Qualquer termo pejorativo pode marcar para sempre. Tente corrigir ou apontar a atitude, nunca uma característica, por exemplo, "Não gosto quando você deixa seu quarto desarrumado", "Você precisa prestar mais atenção no que eu falo" etc. (Essa tarefa rotineira de educar é desgastante e fica difícil manter a calma e a serenidade).

A opinião dos pais e educadores a respeito de suas atitudes é muito importante para a criança. (Repare que, quando seu filho está prestes a fazer algo errado ele olha para você ou para alguém responsável por perto).

Ao perceberem que os pais não a admiram, elas tendem a se depreciar, o que pode culminar em casos de depressão, agressividade e fuga do convívio familiar. Xingar e usar palavrões trazem consequências, pois é uma forma de depreciação. E como todas as crianças costumam copiar os pais, consequentemente, vão se comunicar dessa forma. Já castigos cruéis despertam nas crianças a agressividade. Nas mais extrovertidas observaremos atitudes hostis com adultos, com outras crianças e animais de estimação. Nas tímidas,causam angústia e ansiedade, sentimentos que podem impedir um desenvolvimento normal.

Fica difícil controlar a irritação e o cansaço depois de um dia difícil, e isso resulta na impaciência com os filhos. E depois ? Daí vem, culpa, a frustração, a compensação e tentar começar tudo de novo.


Para os especialistas, a velha tática de contar até dez antes de tomar uma atitude drástica, ajuda e muito.

E pedir desculpas, no caso de não conseguir manter a calma, demonstra respeito pela criança e ajuda a recuperar a confiança e o carinho.

Nossa atitude de hoje com nossos filhos, será a atitude deles com o mundo amanhã.

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